quarta-feira, 20 de dezembro de 2017



O período de matrícula 2018/1 para novos alunos na rede pública estadual de ensino encerra nesta sexta-feira, 29/12.

O processo é informatizado e os interessados devem fazer a solicitação de vagas, exclusivamente, por meio eletrônico, no endereço:
www.matricula.go.gov.br

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A SEDUCE através da Superintendência de Ensino Médio e Gerência de PROFEN/EJA, promove nos dias 27 e 28 de novembro de 2017, a realização de oficina para orientação da escrituração e certificação de EJA, ENCCEJA, ENEM e Acervo. Tal formação destina-se aos coordenadores, secretários e auxiliares de secretaria e tem como objetivo melhorar e agilizar a expedição de certificados do Estado de Goiás.





quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A Medalha Paulo Freire, iniciativa do Ministério da Educação contempla personalidades e instituições que se destacaram no sentido de melhorar a alfabetização e universalizar a EJA. Nesta quinta-feira, 23 de novembro, na sede do Ministério da Educação em Brasília, aconteceu a cerimônia de entrega das medalhas e menções honrosas.

Projeto ganhador da Medalha Paulo Freire. Eu, Cidadão do Mundo
Centro de Educação de Jovens e Adultos Arco Íris – Goiânia (GO)


MEC entrega as Medalhas Paulo Freire 2017

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A Secretaria de Educação do Estado de Goiás, através da Superintendência de Ensino Médio e Gerência de PROFEN/EJA, está em fase de finalização de análise da minuta das Diretrizes de EJA, para a sua reestruturação, conclusão e divulgação. Participaram representantes das CRECE, professores da EJA, equipe técnica pedagógica da Gerência de EJA, entre outros. Este é o quarto encontro com os atores da EJA, sendo o penúltimo para a conclusão do processo de reescrita, previsto para a finalização no primeiro semestre de 2018.



terça-feira, 17 de outubro de 2017

     
      O projeto "Eu, cidadão do mundo", foi idealizado pelos professores do Centro de Educação de Jovens e Adultos Arco Íris CEJAAI. A proposta metodológica procurou contemplar o respeito ao estudante, a conquista da autonomia e a dialogicidade. As ações realizadas fazem parte do eixo temático "Educação: Direitos Humanos, Diversidade, Inclusão e Cidadania".

Vídeo "Eu, cidadão do mundo" 



quinta-feira, 28 de setembro de 2017


O Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Arco Íris foi o vencedor da Medalha Paulo Freire. A premiação criada pelo MEC tem o objetivo de identificar, reconhecer e estimular as experiências educacionais que promovem políticas, programas e projetos relevantes para a educação de jovens e adultos em todo o país.
O professor do CEJA Arco Íris, Nelson Carneiro Junior, e o aluno da unidade, Julio Cesar Segati, foram os convidados do quadro Educação desta quarta-feira (27) no Cidadania em Destaque da Rádio 730. Confira, a seguir, a entrevista na íntegra.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

III Encontro de Educação Prisional

Professores que atuam nas 34 unidades prisionais do Estado participam nesta quinta e sexta-feira, 21 e 22/09, do III Encontro de Educação Prisional, no auditório do Hotel Biss Inn, Setor Universitário - Goiânia.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Nasce, o amor

Unilson Márcio Silva Reis

Aluno da EJA E.E. Joaquim Francisco de Souza- Piranhas


terça-feira, 22 de agosto de 2017

          A Superintendência do Ensino Médio e Gerência de PROFEN/EJA comunicam que será realizado nos dias 24 e 25 de agosto de 2017, no Biss Inn Hotel, em Goiânia- Goiás, o III Diálogo Formativo das Diretrizes Curriculares de Educação de Jovens e Adultos. O encontro contará com a participação dos professores que atuam na modalidade e tem por objetivo dar continuidade às discussões acerca da reelaboração das Diretrizes Curriculares de Educação de Jovens e Adultos.


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Formação Inicial do Programa Brasil Alfabetizado

Data: 11/08/2017


Local: Auditório da Superintendência de Ensino Médio - Goiânia

Participantes: Coordenadores e Alfabetizadores

Municípios Parceiros: Acreúna, Aparecida do Rio Doce, Araguapaz, Aurilândia, Brazabrantes, Córrego do Ouro, Quirinópolis, Goiás, Itapirapuã, Jataí, Nova Roma, Piranhas, Santa Rita do Novo Destino, São Luiz do Norte.



quarta-feira, 5 de julho de 2017

Poesia do aluno Unilson Marcio Silva Reis
 3ª Etapa - Educação Prisional
Subsecretaria de Piranhas- E.E. Joaquim Francisco de Souza





terça-feira, 13 de junho de 2017



Prêmio Medalha Paulo Feire

A Comissão Nacional Avaliadora do Prêmio Medalha Paulo Feire, estará no CEJA Arco Íris dia 21/06/2017.





Produção de texto em cordel do aluno da EJA, Unilson Márcio Silva Reis - 
Escola Estadual Joaquim Francisco de Sousa. Piranhas-GO



“RePacificar Conferência para Educação e Desenvolvimento Social”
Goiânia 09/06/2017





Para visualizar o vídeo completo da conferência acesse:


terça-feira, 11 de abril de 2017

sábado, 25 de março de 2017

II Encontro da Socioeducação, com a temática “Diálogos abertos da Socioeducação”.

Fundo de Documento.jpgA Superintendência de Ensino Médio, por meio da Gerência de Educação de Jovens e Adultos, realizará nos dias 30 e 31 de março de 2017, no Biss Inn Hotel, o II Encontro da Socioeducação, com a temática “Diálogos abertos da Socioeducação”.

A formação contemplará 06(seis) municípios que atendem Jovens e Adolescentes em Conflito com a Lei – Medida Socioeducativa – Anápolis, Formosa, Goiânia, Itumbiara, Luziânia e Porangatu. Esses municípios possuem os Centros de Internação de Atendimento Socioeducativo, onde temos as unidades escolares que atendem esses sujeitos.

 A formação envolverá professores, coordenadores, agentes educadores e técnicos vinculados a SEDUCE/SEM/GEEJA, com um total de 60 participantes que atuam na Educação. Contaremos com os professores formadores: Paulo Winicius Teixeira de Paula (UFG/IF) e Renato Barros de Almeida (PUC/GO/SEDUCE). Para maiores esclarecimentos, entrar em contato nos seguintes telefones: (62) 3201 – 3275 ou 3201 – 3250.


terça-feira, 7 de março de 2017

Marina Colasanti faz a leitura do poema MESMO PARADA

Histórias maravilhosas são uma especialidade da escritora Marina Colasanti, que as faz de uma maneira muito peculiar, impossível de se dizer que são para crianças, jovens, adultos. São para todos, ela afirma. A cada leitura pode-se tirar novas conclusões desses contos, espantar-se com algo diferente, encantar-se sempre.



Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=dmqKYK0prik

Leitura do poema “Das pedras”, de Cora Coralina


As pedras é um poema que faz parte da obra Meu livro de cordel (Global Editora), da poeta goiana Cora Coralina, que está entre as mais significativas da Literatura brasileira no Século 20. As imagens são da praça Cora Coralina, em São Paulo, que fica perto do Parque Ibirapuera - uma das várias homenagens feitas à poeta por todo o país. A interpretação do poema é de Carla Haas. A música, de Beethoven.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=dmqKYK0prik

quarta-feira, 1 de março de 2017

Legislação da EJA

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino, que perpassa todos os níveis da Educação Básica do país. Essa modalidade é destinada a jovens e adultos que não deram continuidade em seus estudos e para aqueles que não tiveram o acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médio na idade apropriada.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo 37º § 1º diz:

Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
Os antigos Cursos Supletivos particulares, que até alguns anos eram a única opção para que jovens e adultos cursassem principalmente o Ensino Médio (2º grau na época), perderam espaço, embora algumas Instituições continuem sendo referência.

Porém, algumas dessas Instituições (que se dizem reconhecidas pelo MEC) passaram a oferecer cursos relâmpagos (com o mesmo currículo do EJA), não presencias, ou seja, a distancia, com custos elevados. Ao final do prazo “prometido” pela Instituição, o educando presta os “exames”. Não são poucas as denuncias de fraudes e venda de diplomas falsos.
Segundo a LDB, em seu artigo 38º, “os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular”.

No mesmo artigo, é definida a idade mínima para a realização dos exames:
- Maiores de 15 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino Fundamental.
- Maiores de 18 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino Médio.
Adolescentes com idades inferiores as estabelecidas acima devem freqüentar as escolas regulares.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental foram publicadas em três segmentos e estão disponíveis no site do MEC. Já o currículo para o EJA no Ensino Médio utiliza como referência a Base Nacional Comum, que deve ser complementada por uma parte que atenderá a diversidade dos estudantes.

Muitas vezes as pessoas que se formam nessa modalidade de educação são vítimas de diversas espécies de preconceitos. É importante lembrar que a maioria das pessoas que freqüentam a Educação de Jovens e Adultos são comprometidas com a aprendizagem, entendem a importância da educação, portanto estão lá por que desejam e/ou precisam.
Geralmente, as pessoas que se formam nessa modalidade de educação, assim como as formadas pelo ensino regular, podem apresentar desempenho satisfatório no mercado de trabalho, assim como na continuidade dos estudos, inclusive no Ensino Superior.

Fontes
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
http://portal.mec.gov.br/index.php


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Retratos da Escola - 20 anos de LDB



Clique aqui para ter acesso ao documento


Revista Eja em debate

O Fórum Goiano de EJA divulga e convida a todos a acessar e conhecer a Revista EJA em Debate que é um periódico eletrônico do Instituto Federal de Santa Catarina e visa a divulgação de trabalhos cientifícos e a integração de profissionais relacionados com a temática de EJA e PROEJA.

Atenção: Fórum goiano informa que a revista EJA em Debate, agora está disponível no Portal de Periódicos do IFSC e não mais na página da Incubadora de Periódicos do IFSC.
Fonte:  http://forumeja.org.br/go/node/1322

Revistas


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Aulas de Educação física na EJA



Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=PzCoBx50aPY

EJA: como fazer um jornal para a comunidade com a participação dos alunos

Esse veículo é um ótimo mediador entre a escola e o mundo e possibilita explorar diversos gêneros textuais


Durante mais de dez anos, tive a oportunidade de trabalhar na Educação de Jovens e Adultos (EJA), e posso dizer que aprendi muito convivendo com pessoas mais experientes e sábias. Muita gente diz que “burro velho não aprende” – ou seja, que depois de certa idade, não adianta fazer mais nada. “Então, para que investir no que não vai dar retorno?”, pensam alguns. Mas nós, educadores, não aceitamos essa ideia! E vi na prática que é possível aprender muito, independentemente da idade.

Em 2010, eu dava aulas na EM Professora Enir da Silva Pilan, em Tapiraí, interior de São Paulo, onde ficava a única classe de EJA em funcionamento no município. Na época, segundo a Fundação Seade, Tapiraí tinha uma taxa de analfabetismo de 14,73%. Nossa turma tinha 16 estudantes.
Meus alunos tinham idades entre 25 e 70 anos. 50% eram migrantes vindos da região Nordeste, que não puderam estudar quando criança. Boa parte deles precisava aprender a escrever os próprios nomes, pegar um ônibus, fazer cálculos simples, enfim, o básico para viver em sociedade. Outros tinham que terminar o Ensino Fundamental 1 para conseguir vaga no mercado de trabalho ou concluir os estudos até o 9º ano para prestar concursos públicos. E havia, ainda, alguns que queriam chegar à faculdade.

Na alfabetização, planejava abordagens diferenciadas conforme o nível de aprendizagem de cada grupo. Em minhas aulas, as atividades permanentes de escrita e leitura eram sempre voltadas a temas que tinham ligação com a realidade dos alunos, como direitos humanos e legislação, saúde, economia doméstica, meio ambiente, cultura brasileira e muito mais.

Parece pouco importante, mas fugir da infantilização e trabalhar temas significativos é um dos fatores decisivos para não haver evasões. Para que o aluno da EJA aprenda e permaneça na escola, é preciso que as aulas tenham um sentido, um “aprender para”. Os temas abordados devem fazer parte da vida real, assim como os gêneros e modelos de texto.

Foi pensando nisso que criei o projeto de um jornal da turma. Esse veículo pode ser um ótimo mediador entre a escola e o mundo. Além de possibilitar a exploração de vários gêneros jornalísticos, como reportagem e artigo de opinião, também serve de suporte para outros tipos de texto, como receitas, poemas etc. E tudo isso com uma função social clara, que é informar.

O projeto aconteceu no final do segundo semestre, entre setembro e dezembro de 2010, com pelo menos duas atividades por semana. Tudo foi desenvolvido em dez passos:

1º passo - Planejamento: É sempre importante reforçar a experiência com uma base teórica. Por isso, a primeira coisa que fiz foi estudar. Li dois livros: Para Ler e Fazer o Jornal na Sala de Aula, de Maria Alice Faria e Juvenal Zanchetta Jr, e Como Usar o Jornal na Sala de Aula, também de Maria Alice Faria. Li tudo sobre jornal escolar e conheci diversos modelos no Portal do Jornal Escolar, que você pode conhecer aqui. Esse site é uma fonte riquíssima de consulta e apoio ao professor.

Tirei dois aprendizados importantes. O primeiro é não fazer do jornal algo escolarizado. Os assuntos têm que ser reais, com uma função social verdadeira e um cuidado ético genuíno com o que vai ser veiculado. A segunda é não poluir a publicação om excesso de informação ou uma tipografia que não seja legível. O jornal tem que ter a cara dos alunos e ser a expressão do conhecimento deles.

2º passo – Conhecimentos prévios: Era preciso entender o que os alunos já sabiam. Em uma roda de conversa, descobri o óbvio: que eles não tinham acesso a esses materiais e, portanto, não sabiam bem do que se tratava. “O jornal traz notícias” e “jornal traz a verdade do acontecimento, do fato” foram algumas das falas que ouvi.

3º passo – Repertório: Trouxe para a sala diferentes jornais de grande circulação no país e na região: a Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Cruzeiro do Sul e alguns outros que tirei do Portal do Jornal Escolar. O objetivo era que os alunos identificassem as partes que compõem os jornais e os gêneros textuais presentes. Li algumas notícias e mostrei a eles que uma mesma história era apresentada de maneira diferente, em cada periódico. Foi bom debater sobre o mito da verdade publicada nos jornais.

4º passo – Primeiro contato: Trabalhamos leitura e interpretação de textos noticiosos. E foi interessante porque descobri que, muitas vezes, eles sabem ler, mas não compreendem o que está escrito. Como havia muitas palavras desconhecidas que dificultavam o entendimento, ofereci muitos dicionários e fiz atividades de interpretação oralmente.

5º passo – Nome e escopo do projeto: Era chegada a hora de começar para valer a produção do jornal! A turma aceitou o convite com empolgação, mas tinha receio de não conseguir. Expliquei que eles eram capazes de realizar a tarefa, já que há pouco tempo haviam lançado um livro de poesias da turma, o Poemas de Gente Crescida, que tinha ficado maravilhoso. Já mais convencidos e tranquilos, partimos para a escolha do nome do jornal. Eles deram várias sugestões e, por votação, escolheram A Força do Saber. Depois, passamos para outras discussões. Para quem eles iriam escrever? O que iriam escrever? Com esses questionamentos, os alunos tomaram a decisão de escrever para jovens e adultos da escola. Definimos juntos que o jornal teria um tema – meio ambiente e lixo – e que traria notícias, prestação de serviço, poemas e entrevistas.

6º passo – Mãos à obra: Dividi as tarefas entre três grupos. Um deveria pesquisar e escrever sobre atitudes das pessoas em relação ao lixo nas ruas e descobrir a quantidade de lixeiras pela cidade. O outro deveria investigar qual o destino do lixo no município e o uso de sacolas plásticas e ecológicas. Já o terceiro precisava descobrir se as pessoas do município sabem o que é lixo orgânico e o que elas fazem com os restos de comida. Enfim, os alunos se transformaram em repórteres. Em cada grupo, fiz intervenções perguntando o que não pode faltar naquele tipo de texto, quais as marcas textuais e se a produção estava clara e fácil de entender.

7º passo – Produções individuais: Os alunos definiram que o assunto da manchete principal do jornal seria o sumiço das lixeiras da cidade. Essa definição originou uma atividade bem interessante de escrita individual. Em uma reunião de pauta, meu aluno Aguinaldo Paulo contou que descobriu que havia uma única lixeira na pequena cidade, e resolveu entrevistar o comerciante que cuidava dela. Também elaboramos coletivamente uma entrevista que foi realizada com Ismael, o coveiro local. O personagem foi escolhido pela turma como uma pessoa de destaque em Tapiraí, e a conversa com ele foi emocionante e esclarecedora! E assim, pouco a pouco, nosso jornal foi tomando corpo.

8º passo – Escrita coletiva: Estávamos próximos do final e meus alunos já haviam se apropriado da maneira de expressar algo em um jornal. Como já não havia mais segredo, propus que escrevêssemos o editorial da publicação, explicando que ele seria a voz e o pensamento de toda a turma sobre a questão do lixo, tema principal da edição. Eles falaram e eu fui a escriba.

9º passo – Revisão final: Utilizando modelos de jornais do Portal do Jornal Escolar e o software Microsoft Publisher criei uma proposta de layout e, juntos, digitamos os textos, escolhemos cores, fontes, fotos e tudo o mais. Havia ficado tão bom que era difícil acreditar! Com a edição praticamente pronta no computador, fizemos uma leitura e pusemo-nos a questionar se a mensagem do jornal estava clara ou se algum texto poderia ter ficado melhor. Assim, fechamos o arquivo e mandamos imprimir 200 exemplares.

10º passo – Autoavaliação: Com o jornal em mãos, em uma roda de conversas, questionei meus alunos como foi para eles a participação no projeto, se as expectativas foram correspondidas e o que tinham aprendido naqueles meses intensos. Todos disseram ter gostado muito, estavam satisfeitos com o resultado e nem acreditavam no que tinham sido capazes de fazer. Tinham, ainda, compreendido a importância de um jornal em uma comunidade.

E assim, encerramos o trabalho. Minha avaliação sobre o projeto foi muito positiva. Afinal, meus alunos estavam escrevendo textos de autoria com qualidade, e alcançaram um resultado acima do esperado. O jornal ficou bem escrito, verdadeiro, com a expressão real dos estudantes.

A Força do Saber foi longe. Chegou até à diretora de Educação do município e ao prefeito. Ouvi muitas vezes as pessoas dizerem, surpresas: “Nossa! Foram eles mesmos que fizeram?” Valeu demais! Que saudades dos meus alunos da EJA! Cada turma, cada pessoa maravilhosa!
E para você que ficou curioso para ver o jornal, é só clicar aqui. Quem sabe esse meu relato não ajuda você a desenvolver um projeto assim com seus alunos, não importa em qual idade!
Um grande abraço e até a próxima segunda-feira!

Mara Mansani

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/522/eja-como-fazer-um-jornal-para-a-comunidade-com-a-participacao-dos-alunos

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Audiovisuais do X ENEJA - agosto/2008

O que são os Fóruns de EJA do Brasil?

   
          

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=9KAR1HzA7_Y

Lançamento do Grale III na América Latina e Caribe

Educação de Jovens e Adultos e a UNESCO


"No marco da aprendizagem ao longo da vida, a alfabetização faz parte do direito à educação, ela está no cerne da educação básica e é um alicerce indispensável da aprendizagem independente. Os benefícios da alfabetização, principalmente para mulheres, são bem documentados. Eles incluem maior participação no mercado de trabalho, retardamento do matrimônio, melhor saúde e melhor alimentação familiar e da criança; isso, por sua vez, ajuda a reduzir a pobreza e a expandir as oportunidades de vida. Habilidades básicas em matemática também são habilidades essenciais: manipular números, contas, medidas, proporções e quantidades é básico à vida e necessário em qualquer


 lugar" (Declaração de Incheon). 
No entanto, ainda há cerca de 758 milhões de adultos, incluindo 115 milhões de pessoas com idades entre 15 e 24 anos, que não são capazes de ler ou escrever uma simples frase. A maioria dos países não alcançou a meta da Educação para Todos, de atingir 50% de melhoria nos níveis de alfabetização de adultos até 2015.
Gênero 
“A desigualdade na forma de financiar e valorizar a educação e a qualificação de mulheres continua a ser uma questão dominante. A maioria dos excluídos das escolas é formada por meninas:9,7% das meninas de todo o mundo estão fora da escola, comparado a 8,3% dos meninos. Da mesma forma, a maioria (63%) dos adultos com baixas habilidades de alfabetização é composta por mulheres. No entanto, existem alguns sinais de esperança: em 44% dos países participantes, as mulheres participaram mais da aprendizagem e da educação de adultos do que os homens” (GRALE III). 
              
© UNESCO-UIL
O lançamento do 3º Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos (GRALE III) para a região da América Latina e Caribe (LAC) ocorreu em Brasília, Brasil, no dia 15 de fevereiro de 2017, durante um seminário que lançará o relatório em português e apresentará o panorama da Aprendizagem e Educação de adultos no mundo, com ênfase na região da LAC e no Brasil.
O seminário conta com cooperação e a participação de representantes do Instituto da UNESCO para a Aprendizagem ao Longo da Vida (UIL), do Escritório Regional da UNESCO para a América Latina e Caribe (OREALC), do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Ministério da Educação (MEC). 
O encontro foi organizado pelo Escritório da UNESCO no Brasil em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação do Brasil, responsável pela Política de Educação de Jovens e Adultos no Brasil que, na ocasião, apresentará o novo ciclo do Programa Nacional “Brasil Alfabetizado. 

Fonte: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/adult_education_in_retrospective_60_years_of_confintea_pdf_only/

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A alfabetização é parte do direito à educação em qualquer idade

Antônio Gomes Batista, doutor em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é professor associado da mesma instituição e professor convidado do curso de Especialización y Maestría de la Universidad Nacional de La Plata (Argentina). Pesquisa a alfabetização e a cultura escrita, assim como a produção dos saberes escolares na disciplina Português. Atualmente é coordenador de desenvolvimento de pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Nesta crônica, o pesquisador aborda as estratégias dos adultos não alfabetizados para inserir-se na cultura letrada, defendendo que o maior ou menor iletrismo não impede sua conscientização e suas possibilidades de participação. No entanto, aprender a ler e escrever significa, para esse grupo, romper a estigmatização e conquistar mais autonomia e independência na sociedade. O autor ainda destaca a importância da alfabetização como direito a ser garantido a todas as pessoas, em qualquer idade.

Alfabetização em qualquer idade

Por Antônio Gomes Batista

Eu sempre fui fascinado por adultos não alfabetizados e moradores de grandes cidades: eles vivem numa sociedade que se organiza com base na escrita, que estigmatiza aqueles que não dominam as habilidades de ler e escrever com alguma proficiência e onde é a assinatura que vale, não a palavra dada, como em muitas comunidades em que a oralidade ainda reina.

Como eles conseguem se virar nesse mundo que, em princípio, os exclui? Que estratégias encontram para trabalhar, para se movimentar na cidade, para ter acesso a informações, para conhecer e assegurar direitos, para participar da vida política, para construir uma identidade?

Quase sempre, quando conversava com esses adultos, em situações cotidianas ou de pesquisa, o que primeiro aparecia era a quase impossibilidade de se dizer: analfabeto, analfabeto. “Ando com a vista ruim”. “Estou precisando de óculos”. “Estudei muito pouco”. “Lá na roça não tinha escola”. A minha impressão é de que aqueles que mais recusavam o estigma eram os que tinham maiores “níveis” de letramento ou, dizendo de modo mais preciso, eram os que mais participavam da cultura letrada. Haviam vindo para a grande cidade há mais tempo; estavam integrados ao mundo do trabalho; alguns tinham uma intensa participação social, por meio de associações comunitárias, religiosas ou políticas.

A participação na cultura letrada se fazia por meio de diferentes estratégias. Duas eram as mais importantes e motivo de muito orgulho para essas pessoas. A primeira é a memorização – desde receitas dadas por uma “patroa” ou aprendidas por meio da televisão até nomes de produtos à venda na mercearia em que se trabalha. A segunda é a própria oralidade, por meio da qual o não alfabetizado lê e escreve com apoio de alguém ou de uma rede de pessoas que estabelece uma mediação com o mundo da escrita: pergunta-se, pede-se para escrever, conversa-se sobre o que está escrito, debate-se.

Eu já aprendi muito com todos esses adultos sobre modos de ver o mundo, seja com os que participam mais da cultura letrada, seja com aqueles que têm uma participação muito limitada nessa cultura. O maior ou menor iletrismo não impedia suas possibilidades de participação política, não impedia que tivessem consciência, mais que outros grupos mais letrados, das dificuldades que viviam e de injustiças que sofriam. Mas queriam aprender a ler e a escrever. Queriam, mesmo os que, em algum grau, participavam da cultura letrada, se alfabetizar.

Queriam por dois motivos. Primeiro, para romper a exclusão simbólica, o estigma, e suas consequências objetivas, que o estatuto de não alfabetizado gera, como, no caso dos mais jovens, o acesso ao mercado de trabalho e à escolarização e seus certificados. Segundo, especialmente no caso dos mais velhos, para conquistar uma independência e uma autonomia sempre fugidia.

Eu fico pensando nesses adultos, quando se debate idade certa para se alfabetizar. Para se fazer um compromisso ou um pacto da sociedade pela alfabetização, o “slogan” ou “mote” é bom. É preciso, com certeza, de um ponto de vista curricular, definir em que momento da escolarização se espera que as crianças estejam alfabetizadas (embora, sem dúvida, muitas possam se alfabetizar antes desse marco final). É fundamental fazer essa definição. Mas é incorreto usar o termo “idade”.

A alfabetização é parte do direito à educação. Numa sociedade que não assegurou a muitos esse direito, é preciso ainda assegurá-lo. Em qualquer idade.


Fonte: http://www.plataformadoletramento.org.br/em-revista/327/a-alfabetizacao-e-parte-do-direito-a-educacao-em-qualquer-idade.html

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

História da Educação de Jovens e Adultos





Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=E2rxFCWnaUw

25 anos: As mudanças na Educação

Ao longo desses 25 anos - em que tivemos seis presidentes da República e 12 ministros da Educação - os marcos legais que contribuíram para as mudanças no setor foram registrados nas edições de NOVA ESCOLA, como a Constituição de 1988 e a LDB. No índice de matérias abaixo, você verá em detalhes de que forma essas e outras medidas impactaram nossa Educação. São 11 reportagens sobre:
Acesso e qualidade Após a garantia da universalização do Ensino Fundamental, os desafios agora são buscar um ensino eficiente e diminuir os índices de evasão e a repetência.

Educação rural Houve avanços na legislação. Os efeitos disso na escola ainda não são sentidos.

Financiamento e salário Investimentos aumentaram com a criação do Fundef e, mais tarde, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas ainda é pequeno o impacto na qualidade da Educação.

Educação de Jovens e Adultos (EJA) Os recursos para essa modalidade de ensino aumentaram, mas é essencial proporcionar aos alunos um ensino voltado às suas necessidades específicas.

Carreira e formação A exigência de diploma de nível superior para lecionar trouxe uma valorização à profissão, mas os cursos de Pedagogia e Licenciatura são fracos e a atratividade da carreira ainda é baixa.

Educação indígena A formação de professores índios avançou, mas eles precisam ter acesso a uma melhor capacitação.

Infraestrutura O país assistiu ao aumento nos investimentos em transporte escolar e ao salto no número de instituições informatizadas, além da garantia de merenda para quase todas as crianças. Contudo, ainda existem escolas sucateadas e sem água encanada.

Tecnologia A informática se tornou parte do cotidiano da sociedade, mas a escola ainda não encontrou o caminho correto para seu uso.

Educação Infantil São positivas as mudanças na concepção de atendimento aos pequenos. Problemas na formação dos educadores e o déficit de vagas na área, porém, persistem.

Gestão escolar A função do diretor passou de burocrata a gestor da aprendizagem. A prática, contudo, ainda não é realidade em todas as escolas.

Inclusão As crianças com deficiência chegaram à rede pública. O desafio agora é fazê-las aprender.

As reportagens sobre o balanço de cada uma dessas áreas são acompanhadas de uma linha do tempo com os fatos mais relevantes e a repercussão deles em NOVA ESCOLA aos longo das últimas décadas. O resultado é um verdadeiro retrato da Educação brasileira no último quarto de século. Um retrato do qual também somos parte.

Fonte: http://acervo.novaescola.org.br/politicas-publicas/planejamento-e-financiamento/apresentacao-25anos-mudancas-educacao-nova-escola-618212.shtml

A educação é para todos




Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=j1vJQoHnxvc&spfreload=5